quinta-feira, março 30, 2006

Problemas de expressão # 3

Com mais de um mês de distância desde a última crónica subordinada ao tema que encabeça este post, cá estou de novo. Sinto que isto adquiriu poder própio e seguiu um rumo que eu não lhe queria dar, talvez por isso não tenha publicado nada entretanto. Ainda assim, achei que lhes devia dar uma continuidade, pelo menos àquela história do RqLpA e do RqDC... se o rapaz lutava por amor merece pelo menos que se saiba o resultado de tão nobre luta...

Embora lhe tenha perdido o rumo garanto que não foi para a Jamaica, pelo menos como resultado desse duelo! Mas as suas missivas não deixaram nunca de ser assim,... sui generis.

Por muito que tenha um carinho especial por estas cartas, espero que isto venha a tomar um novo rumo... Percebi que não iria queres publicar aquelas que mais mexeram comigo num passado mais ou menos recente, assim sendo, tentarei explorar os problemas de expressão de outra forma doravante..

terça-feira, março 28, 2006

História do futebol

Para que conste, a dita história não se faz só de participações na Champions. Hoje, a equipa de futsal da FML passou à fase eliminatória do Troféu da Universidade de Lisboa em primeiro lugar do grupo! Para isso contaram também os 3 golos marcados sem resposta contra Farmácia há umas horas atrás. O meu primeiro Hat-trick! Bora equipa!!!

Cerebroscopia


Neste momento, se me colocassem um tubinho com uma câmara na ponta dentro da cabeça, só se veria fumo e chamas.... que dor de cabeça...

segunda-feira, março 27, 2006

Voei...

"- Tenho medo - grasnou a Ditosa.

(...)

- Vais voar, Ditosa. Respira. Sente a chuva. É água. Na tua vida terás muitos motivos para ser feliz, um dele chama-se água, outro chama-se vento, outro chama-se sol e chega sempre como recompensa depois da chuva. Sente a chuva. Abre as asas - miou Zorbas.

(...)

- Estou a voar! Zorbas! Sei voar! - grasnava ela, eufórica, lá da vastidão do céu cinzento.
O humano acariciou o lombo do gato.
- Bem, gato, conseguimos - disse ele suspirando.
- Sim, à beira do vazio compreendeu o mais importante - miou Zorbas.
- Ah, sim? E o que é que ela compreendeu? - perguntou o humano.
- Que só voa quem se atreve a fazê-lo - miou Zorbas."

in História de uma gaivota e do gato que a ensinou a voar de Luis Sepúlveda

domingo, março 26, 2006

Pa_leio


Ontem, pelas 21.30h (ou talvez com um pouco de atraso) reuniram ali para os lados de Carnaxide, 4 veteranos e 2 novos membros do clube pa_leio, naquele que foi o 15º Encontro do grupo. Foi o meu primeiro e adorei a experiência! Para o mês que vem lá estarei para conversarmos sobre "Crime e castigo"

sábado, março 25, 2006

25.3

Pois é, hoje é o dia do meu pequeno Kaos fazer anos. Quatro! E com 4 anos e 40 levíssimos Kilos esta criança continua convencida que é um caniche, de outra forma não se justificaria a destreza e despreocupação com que se atira para cima do sofá quando já lá estão 3 pessoas e outro cão, se por acaso esboçamos um esgar de dor ele, antecipando uma ordem de despejo, lança-nos este olhar pachorrento e manipulador com o qual não é humanamente possível debater.
É sem sombra de dúvidas o cão mais lindo do mundo... é um doce... uma óptima almofada... A melhor companhia para passear à noite na rua quando surge um homem mal aspectado... Um valentão! Adoro o meu cão :P PARABÉNS KAOS!

quinta-feira, março 23, 2006

Nightmare

Antes demais, desculpem-me por este post logo pela manhã... Talvez queiram voltar mais tarde... ou ignorá-lo....

Há qualquer coisa de muito perturbador nos sonhos... A sensação de realidade? A noção de que se não acordássemos talvez nunca soubéssemos que estávamos a dormir? mas esta discussão já deu o que tinha a dar. E dou por mim agora a pensar no Vanilla Sky. Se realmente a nossa possibilidade de sonhar pode ser encarada quase como um dom, que nos permite fugir às contingências físicas do real, também poderá ser vista como uma maldição, quando o surreal ultrapassa as barreiras da razoabilidade e adquire características negras, cruéis ou mórbidas que questionamos como poderão ter brotado da nossa imaginação. Hoje sonhei coisas horríveis...
Quando era pequena os pesadelos quase que eram benvindos porque depois de um sonho mau, normalmente uma perseguição fantástica por um dinossauro com asas ou qualquer coisa do género, tinha permissão para ir até ao quarto dos meus pais, chegava-me à beirinha da cama e dizia baixinho: "Mããã.... oh mãã... tive um pesadelo...." e a minha mãe levantava docemente o lençol e recebia-me em posição fetal, onde me sentia protegida de tudo. Perguntava-me o que se tinha passado, e eu lá começava a dissipar o sonho em palavras reais, daí a nada a minha mãe já me dizia "pronto pinguim, mas agora já tá tudo bem..." Eu ficava tranquila e podia dormir lá o resto da noite!

Não sei quando deixei de ir procurar abrigo naquela cama para três, se fiquei mais crescida e com pudor, se apenas sem pesadelos. De facto, não tinha um pesadelo há séculos! Mas o de hoje valeu por muitas noites em claro...
Estava numa aula da faculdade, pelos colegas que lá estavam e pelo facto de a minha mãe, de bata, começar a fazer-me sinais do lado de fora da porta, mas a aula era na escola secundária, porque tinha aqueles vidros que a ladeavam permitindo ver os colegas a sair das aulas mais cedo ou a irem para a rua com faltas de comportamento. Eu saí para ver o que a minha mãe queria e ela tinha uma radiografia de tórax minha, na mão, em que se viam dois nódulos, um sobre cada mama. Depois o sonho evolui a uma velocidade estonteante e já me vejo numa casa que não reconheço, com um diagnóstico terrível que implicava mastectomia radical bilateral. Mas nem conseguia ter tempo para pensar do que isso acarretaria porque não parava de vomitar e quando não o fazia acumulava-se um muco azul da minha boca que me impedia de respirar. Daí a nada, não sei se por me ter esquecido do início do sonho quando ele ia a meio, se simplesmente porque os sonhos não têm regras, dei por mim numa sala que faria lembrar um recinto de reuniões, num navio militar, onde decorria uma aula de imagiologia, eu peço ao Prof queme faça uma ressonância magnética, mas a máquina que sai do tecto e se coloca à frente do meu peito era semelhante à placa para fazer uma simples micro. À saída do resultado, o professor pede aos meu colegas que se retirem da sala e mostra-me a imagem, cheia de nódulos no pulmão direito, e com o pulmão esquerdo colapsado... Não se via coração :( Quando saí dessa sala, depois de falar com outra doente que partilhava o papel do diagnóstico comigo e que queria arrancar a parte dela, saí para o ar livre, tinha uma piscina, esperguiçadeiras, relvado e era de noite. Deitei-me a olha para o céu e começa um fogo de artifício espectacular, mas de um momento para o outro, uma daquelas lindas bolas de fogo, com círculos concêntricos de várias cores, cai do céu a uma velocidade alucinante em cima da piscina que estava ao meu lado emitindo aquele barulho e os fuminhos de quando deitamos água numa frigideira acabada de usar...

"Ana, o pequeno almoço já tá feito...." Cheguei à cozinha e abracei a minha mãe...

quarta-feira, março 22, 2006

"Ela mata homens!"

Por princípio, uma ida à depilação tem sempre uma grande dose de vulnerabilidade associada, não só pela nudez necessária, mas também pela dor, se bem que nem quero entrar por aí. O que se passou hoje comigo naquela cabinezinha de depilação ultrapassou todos os limites da normalidade. De um momento para o outro, a Sra que me costuma tratar da remoção dos pelitos decidiu implicar com a forma que o meu cabelo descreve ao inserir-se na testa... OK, é em V e então?! há drama é? Parece que sim...
A D. Carmo começou por me perguntar se eu sabia o que era habitual chamarem àquilo no passado, eu respondi-lhe com naturalidade, sem fazer a mínima ideia de onde ela queria ir com aquilo, "bico-de-viúva, não é?", e ela continuou "é pois! a menina até sabe!", seguiu-se um compasso de espera que por mais que se pudesse ter prolongado nunca poderia prever o que se seguiria, mas ela insistiu "então e já viu o que é andar com isso na testa?! é como andar com uma tabuleta para afastar rapazes!", eu devo ter feito uma expressão de incompreensão tal que ela prosseguiu “já os imaginou a pensar? Ela mata homens!”.

Silêncio

Perdi o piu, mas não o bico! Pelo menos ainda! Porque ela continuou, fazendo-me crer que o mundo não estava perdido, ela podia tirar “aquilo” antes que eu dissesse “ui!”, eu disse:

Ui!

Sabe, isso é muito meu… não sei, podia perder a personalidade inerente aos meus traços faciais, não acha? Ela não, ela que me conhece desde os meus 16 anos e reparou nisto hoje, alguém que me explique porquê, parecia irredutível. Passados 6 anos sem nunca sequer ter notado que aquilo me enfeitava a testa atribuiu àquilo uma importância incompreensível, como se o futuro da humanidade dependesse disso.

Vou pensar… (disse)

Daí a uma hora, à despedida, ela relembrou, “Pense nisso!!”

Jesus… Esta imagem não me saía da cabeça:

Aprendiz do coração...

Fiquei colocada, para o estágio de introdução à clínica, no serviço de Cardiologia do Hospital Garcia de Orta!! Vou ficar expert em problemas do coração, pelo menos os dramas físicos eh eh Mal posso esperar por Abril!

Todos os anos, cerca de 17 milhões de pessoas morrem com problemas cardiovasculares... ainda assim restam uma data de doentes para nós tratarmos. So let's start working on it!

terça-feira, março 21, 2006

Sketches...



Mudei a formatação porque não se via decentemente com o explorer.. Qual gostam mais? Ou nenhum? Comment please!

segunda-feira, março 20, 2006

de um momento para o outro, quando a minha atenção se passeava entre a insuficiência cardíaca aguda e a crónica, perdeu-se do rumo e voou... Percebi por que ainda guardava a tinta azul para a parede do quarto,... vou pintar Matisse na parede do fundo,

Les oiseaux!

sábado, março 18, 2006

Esta semana foi diferente, preenchida, talvez por isso não tenha escrito...

No Domingo fui fazer banco com a minha mãe e foi demais, cada vez tenho mais a certeza de que estou no curso certo, é mesmo isto que eu quero fazer. =) O Nuno foi lá ter comigo, lanchámos e ele raptou-me para ir ver o pôr-do-sol sobre o rio do alto do Parque Eduardo VII, o sol apressou-se mas nem por isso desmoralizámos e por lá ficámos deitados num banco, a meio caminho para o Marquês.

Na 3ª a minha mãe fez provas para chefe de serviço, eu fui assistir e se por um lado fiquei irritadissíma com a filha da putisse daquela gente mafiosa (desculpem a linguagem mas não tem outro nome..) por outro fiquei super orgulhosa pela prestação da minha mãe. Quis escrever sobre isso na altura, citando aquela parte dos Cem anos de solidão quando o Coronel Aureliano Buendia enfrenta o pelotão de fuzilamento, não o começo do livro quando ele se lembra disso, mas quando isso acontece de facto e se bem me lembro nenhum dos soldados do pelotão consegue disparar sobre ele. Foi o que eu vi naquela sala do piso 7, todas aquelas balas disparadas com má fé passaram ao lado, simplesmente porque há outra tranquilidade quando se dedicou toda uma vida profissional à assistência em vez de se fazer política e show off. Lembro-me quando andava no CAE, ou assim, e escrevemos uma composição sobre alguém que admiravamos muito, escrevi sobre a minha mãe, sobre como ela era uma super médica até às 5h, uma super cozinheira à hora de jantar, sempre com iguarias diferentes todos os dias, mas acima de tudo, não apenas uma, mas a super mãe, 24h por dia. Acabei por não escrever nada no blog desde 3ª porque não encontrei o excerto do Garcia Marquez, e a minha obcessão acabou por me prender os dedos e impediu-me de escrever... Como não tenho tido tempo de reler o livro acabei por desistir, ou pelo menos suspender essa minha cruzada, porventura infrutífera.
No treino de 3ª acabei por estragar o anelar direito contra uma bola, não me caso tão cedo com o dedo assim eh eh

Na 4ª começámos a jogar para o Troféu da Universidade de Lisboa, fiz o melhor jogo de futebol da minha vida! Fiquei estupidamente feliz =) A melhor felicidade de todas, aquela mesmo parva e sem sentido! Éramos mais e por isso decidimos atacar desde o início, por isso o jogo foi muito mais bonito e ganhámos, 4-0! Marquei 2 golos e fiz uma assistência.. Foi lindo!

Na 5ª tivémos outro jogo, desta vez com Direito, ganhámos por 1-0, mas a baliza delas parecia enfeitiçada, nenhuma bola parecia poder ultrapassar aquela linha e aconchegar-se nas redes. Ainda assim, ao contrário do que se passou na 6ª passada, para o campeonato, o resultado foi justo, se bem que podia ter sido mais dilatado. Não gosto mesmo de jogar com elas, são impossíveis, umas meninas do pior lol

Sexta começou o fim-de-semana... Depois de uma semana preenchida em que não houve tempo para nada, tinha combinado com o Nuno que iamos passá-lo juntos.. Chegámos a pensar ir para a Praia d'el Rey, mas o tempo não estava muito convidativo, por isso ficámos por Lisboa. Fomos ao supermercado abastecermo-nos para um jantar especial, não é novidade para ninguém que não tenho puto de jeito na cozinha, o Nuno muito menos, mas fizémos um jantar divinal! Fiz um molho de tomate e cebola para petiscarmos com Doritos, o Nuno fez Sangria de Champanhe e morangos para acompanhar a Pasta. Sobremesa, gelado de after-eight. =)

Hoje é Sábado! e ainda temos um dia inteiro de descanso pela frente! Bom fim de semana!!

segunda-feira, março 13, 2006

And just like that, when I got home, there it was...


Movie line by Frida:
"At the end of the day, we can endure much more than we think we can."

domingo, março 12, 2006

Primeira aula teórica de IC

fala-se da responsabilidade ética do estudante de medicina... e passo a citar:

Cooperação e Lealdade
Empenhamento
Dedicação
Cumprimento das obrigações académicas (poderá não ser suficiente)
"Perfection is the goal but excellence will be tolerated”

PS: Na dúvida se comentar o que está entre parenteses, se aquilo que está entre aspas, não comento!

State of mind....

Inspired!

PS: Não para escrever como está por demais demonstrado =)

sábado, março 11, 2006

Acordei tarde, ao som do orgãozinho que o meu vizinho de cima anda a aprender a tocar. Não fosse ter passado pela mesma coisa alguns anos, há alguns anos, acho que não toleraria com tanta facilidade aquela repetição infindável das mesmas frases musicais, reproduzidas consecutivamente e sem o minímo sentido de ritmo ou sensibilidade. Nunca o Für Elise foi tão profanado como nas mãos daquela criança, alternando-o com os Parabéns a você ou o Hino da alegria.

Mas depois da minha tarde de Sexta, com corrida à beira-rio, café com os amigos e um salto até Santos, o alto astral não seria arruinado por 6h de sono interrompidas por marteladas no teclado. Assim, preparei-me para ir jogar futebol com a gémeas, contra aquelas amiguinhas por quem elas têm um ódio de estimação. Coisas de raparigas que eu nunca irei entender! Como é que as minhas congéneres se dispõe a jogar à bola, todas atiradas para a frente, mas depois ficam chocadíssimas quando há um pé que fica para trás e lhes bate na canela ou um choque frontal? Empatámos a zero. Mas fiquei feliz porque já não jogando com elas há imenso tempo, percebi como evoluí na faculdade. O nosso desempenho já nada tem a ver com aquela distribuição anárquica de mulheres perdidas no campo a correr atrás de uma bola. =)

Depois fui ao CCB ver a exposição da Frida Kahlo. Gostei muito mas acho que lá vou voltar, se puder, a um dia de semana. A sala estava lotada, com 150 pessoas de cada vez, o que ainda assim era um excesso.... Filas para ver os quadros! Enfim, gostei muito mas gostava de mais tranquilidade para fazer as coisas ao meu tempo sem ser pressionada pela marcha preguiçosa que arrastava as pessoas ao longo da rota traçada para a exposição. Além de que também gostava de ver o filme "Frida" para saber mais sobre ela antes de lá voltar, fiquei curiosa com a vida surrealista que ela terá vivido.

Pastéis de Belém =) hum....

Jantar no Terra, no Princípe Real, com a real mana e mais duas amigas. Cheguei agora a casa e vou descansar...
Acho que amanhã vou fazer banco com a minha mãe. Ver se aprendo qualquer coisa que isto a olhar para os livros não tem metade do interesse..

sexta-feira, março 10, 2006

I'm walking on sunshine...

...and it's time to feel good!

Poucas coisas me dão mais gozo que andar de carro com as janelas bem abertas, o rádio a tocar aqueles rocks ligeiros com uma grande bateria e o sol a entrar pela janela a aquecer-me a pele...


Quase de fim de semana!!

09 de Março













com 12 minutos de atraso não queria deixar de dizer ao mundo que o meu amigo Bite faz anos (12!), não vá ele depois passar por aqui e fazer uma cena por eu não ter dito nada :P

Parabéns puto! Sem as tuas manifestações de afecto ao chegar a casa, as tuas labidelas quando um dia corre pior ou o teu rabo a abanar para brincarmos, a minha vida não seria a mesma... =) és o maior!!

quinta-feira, março 09, 2006














Em princípio acabou-se o campeonato. As estatísticas asseguram que nos falta eficácia, ou sorte, rematamos mais de 10x, elas para aí umas 4... Os nossos não entraram, elas tocaram as redes 3x. Better luck next time! Gotta keep working!

Bom dia!!!

Desde há já umas horas que o mundo corre na direcção certa e sem turbulências...

O Benfica ganhou deixando-me com uma sensação de felicidade infantil, daquela alegria inquestionável e, talvez por isso, ainda mais deliciosa. Depois enterrei-me na cama com a minha bookworm partner (aka mãe) eram, 9.45h, mas se ela adormeceu daí a nada pelo cansaço estúpido que tem tido no hospital e a frustração de um dia manchado pelo adeus de uma menina que tinha idade para ter tudo pela frente, uma pessoa nunca se habitua a isto, dizia eu, se ela rapidamente adormeceu, já eu não consegui pregar o olho até ter virado a última página do Equador. Já tinha saudades de uma estória assim.

Entretanto, dormia eu, ininterruptamente até de manhã como sempre e do outro lado do mundo os accionistas do Nikkei compravam, compravam e compravam mais acções, de tal maneira que quando acordei a bolsa tinha fechado em alta, registando uma subida de 2,62%! Já vai sendo altura de diminuir as minhas perdas...

Pela frente,
- preparar a aula de 6ª feira sobre insuficiência hepática no alcoolismo, agora que não estou constantemente a ser assediada pelo Equador à distância de um olhar
- ver o que se faz de novo em aneurismas da aorta - sessão clínica do hospital. Ontem tinhamos um caso clínico na aula de IC com a rotura de um dito cujo e passar por lá hoje parece-me bem. Podem dizer que ando sem nada que fazer que eu não me sinto tocada eh eh
- arranjar um farol para o meu bólide
- ganhar o jogo de logo à tarde frente a Direito, para assegurar a manutenção no campeonato
- Inscrever-me para o Torneio Nuno Grande, entre faculdades de Medicina da Península Ibérica, a decorrer em Lamego no início de Abril. Somos campeãs em título, com vitórias esmagadoras no ano passado contra as espanholitas de Valladolid e Salamanca (seria?) que entravam em campo maquilhadas e com grandes argolas. Estar presente parece-me obrigatório =)

- Ver se mantenho este sorriso pateta que acordou comigo até ao final do dia

quarta-feira, março 08, 2006

snoitatcepxE taerG

A propósito das minhas expectativas relativamente às cadeiras e à notas, soube ontem que com a nota da prática de Genética, que vale 20%, subi de um desconsolado 12,4 no exame, para um menos desconsolado mas triste 14 de nota final. Como seria de esperar fui de imediato calcular a nota da prática e cheguei à conclusão que teria de ter tido entre 18 e 20 valores na prática para ter subido para 14. e isto se a nota do exame não arredondasse, se isso acontecesse teria de ter tido exactamente 20 (não sei se arredonda se não, mas para o caso, é igual). Isto levou-me a pensar nesta questão da aprendizagem do ponto de vista inverso, isto é, de quem ensina.
Acho que independentemente do empenho que um professor investe na instrução do aluno, há sempre criação de expectativas, pelos menos em relação a determinados alunos, os mais interventivos, comunicativos, expansivos, disparatados, etc. O que eu tenho vindo a reparar ao longo da minha "carreira académica" que já vai quase para 20 anos é que praticamente todos os meus professores sempre depositaram imensa confiança em mim. Se por um lado essa confiança foi merecida ao longo de anos e anos em que nos momentos de avaliação demonstrei que sabia o que me era pedido, de há uns anos para cá estou constantemente a sentir que desiludo os Professores que me conhecem no dia-a-dia mas não reconhecem nos exames. Há quem diga que os exames da minha faculdade são absurdos e que há pessoas que não sabem a matéria mas sabem resolver os exames e que poderá haver quem saiba a matéria mas não seja capaz dos resolver, mas eu acho que isto é tudo uma grande tanga!

Resumidamente, tou farta de decepcionar toda a gente... e a mim também...

terça-feira, março 07, 2006

Só com algum bom humor se tolera que depois de duas horas pela manhã a ler o Equador na cama, qd me levanto e despacho para preparar uma apresentação para sexta, me sento à secretária e no preciso momento em que abro o MD Consult, no andar de cima comecem a fazer obras. Phones on... Radiohead!



Chega de preguiça!!!!

Bom dia!




Sportinguista no Kenya, Agosto de 2005, by Daddy

segunda-feira, março 06, 2006

Perdemos 7-0 com a FMH, mas ao contrário do que seria de esperar fiquei muito mais feliz hoje do que na 6ª depois do jogo com o ISEG. Tivemos algumas oportunidades e acima de tudo acho que foi uma óptima oportunidade para aprender... Estamos a jogar muito melhor! Hoje o Peter deu-nos os Parabéns, ao contrário do que se passou no último jogo.

De onde se conclui que não é só o resultado de conta! (tese que tenho vindo a subscrever, quase cadeira após cadeira, desde que entrei para a faculdade lol)

# 3163

Que os velórios são tétricos já toda a gente sabe. Já os funerais, não tanto tétricos como lúgubres sempre têm um sentido diferente. Provavelmente a cerimónia mais antiga da humanidade, que terá evoluído ao longo dos tempos, mas que desde sempre se processou com mais ou menos circunstância, com um conjunto de ritos solenes que davam espaço à última despedida. Hoje fui ao funeral do meu tio-avô, mas a coisa pareceu-me mais macabra do que é hábito. Um cemitério atípico com flores de plástico que enganavam abelhas menos atentas na busca insaciável de pólen, com campas resumidas a pequenos montes de terra com um número, ou outras mais adornadas com lápides em forma de coração, enfim, todo um cenário perturbadoramente surreal.

Tudo aquilo se processou muito rápido, na minha opinião perturbadoramente rápido, um ritmo imposto pela agência funerária para quem o tempo da despedida deveria variar inversamente com os lucros do serviço… Surgiu como sempre o momento de maior desconforto, quando os coveiros tapam o caixão, mas em vez do silêncio habitual fizeram-se ouvir comentários relativos à profundidade da cova e questões relacionadas com a inevitabilidade de tudo isto ditas por gente simples com frases rudes como “a gente anda cá, mata-se e esfola-se uns aos outros, mas acaba tudo da mesma maneira..”. Se o silêncio por norma deixa o choro quase mudo estupidamente audível, aqueles comentários sórdidos com o soluçar infeliz da recém-viúva por trás tornavam-o gritante.

Façam-me um favor…
Quando eu morrer batam em latas,
Rompam aos saltos e aos pinotes,
Façam estalar no ar chicotes,
Chamem palhaços e acrobatas!
Que o meu caixão vá sobre um burro
Ajaezado à andaluza...
A um morto nada se recusa,
Eu quero por força ir de burro.


Mário de Sá Carneiro
Quando já pensava que tinha mandado mais um fim de semana pela janela sem fazer nada que realmente me fizesse ficar feliz ao final do dia, acabei por receber a melhor companhia possível para um jantar de Domingo. Como não podia deixar de ser não fui eu que cozinhei, fiz aquelas coisas básicas de ajudante como por a mesa e descascar a cebola :) O grande chef Luigi fez Tortellini com bacon cortado pelo Joãozinho, natas e cogumelos! Quase a famosa "massa à Luís" mas com uma vantajosa troca das salsichas e esparguete por tortellini! A tocar estava o melhor CD de sempre, bebemos Monte Velho, conversámos pela noite fora, depois mostraram-me as fotografias da viagem a Marrocos no mês passado e morri de saudades daquele deserto Africano, do sol do tamanho do mundo... Que inveja nunca ter feito uma viagem tão livre, aventurar-me em África à descoberta...

Quero correr mais riscos... quero viajar de mochila às costas e conhecer outras paisagens, ver outras pessoas, sentir outros cheiros...

sábado, março 04, 2006

De há uns tempos para cá que me tenho vindo a questionar o interesse da leitura deste blog. Terá porventura um efeito terapêutico para mim. Terá talvez interesse para o meu namorado com esperança de que um dia diga coisas com sentido e que ele passe a entender-me. Eventualmente funcionará como barómetro do meu estado de espírito e faça regular a tolerância dos meus co-habitantes. E para os outros? Já dei voltas e voltas à cabeça e acho isto cada vez mais desinteressante... Mas continuam a passar por cá. Não sei se vos agradeça, se vos sugira que façam coisas melhores com o vosso tempo, se vos convide para ir tomar um café ou ler o jornal à beira-rio... Afinal, quem são vocês?!

PS: Agora deslocam o rato até à coluna à direita e dão uso ao link que lá está....

Daily issues

Durmi 11 horas... Os meus pais foram trabalhar, porque há doentes todos os dias e não respeitam horários nem outras contigências sociais, e deixaram-me a dormir, a descansar do dia menos bom que precedera esta noite mais longa.

Ontem fui à faculdade ter uma aula teórico-prática, não são obrigatórias, tal como as teóricas, mas como são mais esporádicas e quase sempre mais interessantes, tenho mantido uma assiduidade quase total. A aula era às 11h mas fui mais cedo, com coisas microbiológicas para estudar na biblioteca, assim evito as irritações do trânsito e as dificuldades em encontrar um lugar para estacionar. De facto encontrei o lugar sem problemas, mas no parque de terra, onde surgem árvores desabrochantes onde menos se espera, e ontem surgiu uma de encontro ao meu farol traseiro... oitentas e tais euros mais IVA, devia ter isenção do IVA pela nabisse não? Em abono da verdade devo dizer que a árvore era fininha e se conseguiu esconder engenhosamente de forma a fugir aos 3 espelhos retrovisores e à visão directa pelo vidro traseiro. Enfim, não vale a pena pensar mais no assunto.
ah! esqueci-me de referir que não houve aula... Sem explicações, afixado em placard às 11h. Podiam ao menos ter a decência de nos dizer as coisas na cara. Além de que consta que o Professor foi visto às 10.55h a dirigir-se para o bar.

À tarde tive jogo contra o ISEG, ganhamos com 4 golos sem resposta mas não fiquei feliz com a nossa prestação. Tudo golos em contra-ataque, elas eram fraquinhas e nós não conseguimos impor jogadas pensadas, circular a bola, ganhar espaços. O árbitro estava com uma tendência bastante irritante para defender as economistas e gestoras, e dois sprints consecutivos em direcção à baliza premiados com falta, associados à irritação que aquilo me estava a causar, conduziram a um ataque de sabe-se lá o quê (porque eu não tenho asma) com dispneia e estridor durante mais de um minuto no banco.

Acordei, há já umas horas, cheia de dores no corpo, e sem vontade de fazer nada. Esperei até às 14h que a minha irmã acordasse, porque nem para fazer o almoço tinha vontade. Fiz a cama, vim ao computador, vi as notícias, os mails, os blogs, e o frio fez-me voltar para os lençois de flanela. Peguei no Equador, livro do mês do Pa_leio, um grupo de leitura em que meti agora e fiquei a ler. Na cama descobri um novo ângulo do meu quarto.. Estou feliz com o que fiz com o meu espaço...

Agora vou ver se estudo.

quarta-feira, março 01, 2006

on the verge of a nervous breakedown....

just wanna be left alone.... no arguing... no loud voices on my head.... no messing around with my mind.... just let me have my headphones on... max volume leaving the rest of the world outside.... do no harm....can't take it no more...