quarta-feira, março 08, 2006

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A propósito das minhas expectativas relativamente às cadeiras e à notas, soube ontem que com a nota da prática de Genética, que vale 20%, subi de um desconsolado 12,4 no exame, para um menos desconsolado mas triste 14 de nota final. Como seria de esperar fui de imediato calcular a nota da prática e cheguei à conclusão que teria de ter tido entre 18 e 20 valores na prática para ter subido para 14. e isto se a nota do exame não arredondasse, se isso acontecesse teria de ter tido exactamente 20 (não sei se arredonda se não, mas para o caso, é igual). Isto levou-me a pensar nesta questão da aprendizagem do ponto de vista inverso, isto é, de quem ensina.
Acho que independentemente do empenho que um professor investe na instrução do aluno, há sempre criação de expectativas, pelos menos em relação a determinados alunos, os mais interventivos, comunicativos, expansivos, disparatados, etc. O que eu tenho vindo a reparar ao longo da minha "carreira académica" que já vai quase para 20 anos é que praticamente todos os meus professores sempre depositaram imensa confiança em mim. Se por um lado essa confiança foi merecida ao longo de anos e anos em que nos momentos de avaliação demonstrei que sabia o que me era pedido, de há uns anos para cá estou constantemente a sentir que desiludo os Professores que me conhecem no dia-a-dia mas não reconhecem nos exames. Há quem diga que os exames da minha faculdade são absurdos e que há pessoas que não sabem a matéria mas sabem resolver os exames e que poderá haver quem saiba a matéria mas não seja capaz dos resolver, mas eu acho que isto é tudo uma grande tanga!

Resumidamente, tou farta de decepcionar toda a gente... e a mim também...

2 comentários:

Raquel disse...

Miúda, vê lá se tens calma.

Primeiro, pelo que sei do teu desempenho académico não tens razão para achar que tens decepcionado alguém, muito pelo contrário; segundo, a mim, e principalmente no que diz respeito à medicina, parece-me que o marranço (embora necessário) não mede a vocação de ninguém, ao contrário da prestação prática e do dia-a-dia, que exige muito mais que só os conhecimentos teóricos.

Tenho a certeza absoluta que vais ser uma grande médica, não só pela capacidade quase sobredotada que tens para aprender, mas também, e principalmente, pelas tuas enormes capacidades humanas.

Não te quero ver desanimada nem a dizer disparates senão tenho de me zangar contigo. ;)

Bjs

Ana disse...

Bem miúda, muito muito obrigada pela força! O facto de eu estar de lágrima no canto do olho a debater-se ao limite com a força da gravidade só atesta que me senti muito melhor depois de ler o teu comment, ou então que estou cada vez mais desequilibrada, ou ambas! =) kiss!