A D. Carmo começou por me perguntar se eu sabia o que era habitual chamarem àquilo no passado, eu respondi-lhe com naturalidade, sem fazer a mínima ideia de onde ela queria ir com aquilo, "bico-de-viúva, não é?", e ela continuou "é pois! a menina até sabe!", seguiu-se um compasso de espera que por mais que se pudesse ter prolongado nunca poderia prever o que se seguiria, mas ela insistiu "então e já viu o que é andar com isso na testa?! é como andar com uma tabuleta para afastar rapazes!", eu devo ter feito uma expressão de incompreensão tal que ela prosseguiu “já os imaginou a pensar? Ela mata homens!”.
Silêncio
Perdi o piu, mas não o bico! Pelo menos ainda! Porque ela continuou, fazendo-me crer que o mundo não estava perdido, ela podia tirar “aquilo” antes que eu dissesse “ui!”, eu disse:
Ui!
Sabe, isso é muito meu… não sei, podia perder a personalidade inerente aos meus traços faciais, não acha? Ela não, ela que me conhece desde os meus 16 anos e reparou nisto hoje, alguém que me explique porquê, parecia irredutível. Passados 6 anos sem nunca sequer ter notado que aquilo me enfeitava a testa atribuiu àquilo uma importância incompreensível, como se o futuro da humanidade dependesse disso.
Vou pensar… (disse)
Daí a uma hora, à despedida, ela relembrou, “Pense nisso!!”
Jesus… Esta imagem não me saía da cabeça:

2 comentários:
desde que o nuno não se importe...
n é o Nuno q tem q se importar... :p muito mais importante é a opinião da sister :)
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